EDUCAR PARA O PENSAR

Marilene Neves de Oliveira
Prof. Fabiano Dauwe
Centro Universitário Leonardo Da Vinci- UNIASSELVI
Licenciatura /História (HID-1571)- História Moderna/Práticas Educativas
26/052010


RESUMO

Educar para o pensar nos dias de hoje tem sido um grande desafio para os professores, alunos e sistema educacional. A nova perspectiva educacional tentar vencer o sistema tradicional de aprendizagem onde profissionais tende a buscar um resultado mais promissor. O sistema educacional no qual participamos tem sido falho com os profissionais da educação atingindo assim o aluno e sua educação. O resultado dessa falha é a falta de criatividade, estímulo e qualidade no ensino. Educar para o pensar no meio desses conflitos podemos destacar aqueles que tem se esforçado para levar um ensino mais abrangente com mais resultado como os estudos científicos de “Augusto Cury e Matthew Lipman”. Ao analisarmos estes conceitos educar para o pensar se tornou possível para o educador sendo ele mesmo um dos principais meios para que isto aconteça.

Palavra-chave: Tradicionalismo; Sistema Educacional; Educar Para o Pensar.


1 INTRODUÇÃO

O presente estudo trata como nós hoje os educadores vamos vencer o tradicionalismo e os problemas do sistema educacional de ensino. Lidando com essas dificuldades muitos profissionais se esforçam para fazer uma educação mais eficaz educando o aluno para o pensar. Pensar na sua vida social e o meio o qual ele vive; procurando tirar proveito da mídia e do individualismo no qual muitos vivem. Educar para o pensar através dos meios filosóficos fazer a criança participar, criticar criar idéias, fazer aluno perguntar e trazer resultados.

2 TRADICIONALISMO
Tradicionalismo aqui refere-se ao termo usado como “antigo sistema de ensino de decorar apenas” não trazendo uma aprendizagem eficaz. Segundo Moser(2007,p. 6):

Na tentativa de incorporar os novos recursos, entretanto, a escola nem sempre tem obtido sucesso porque. Muitas vezes, apenas adquire as novas máquinas sem, no entanto, conseguir alterar a tradição das aulas acadêmicas. Daí a necessidade de uma educação permanente, que permita a continuidade dos estudos e portanto, de acesso ás informações[...]”.

“O modelo de escola rígida e autoritária que os positivistas defendiam está ultrapassado, mas vale a pena refletir sobre as idéias de Comte. Ele acreditava que a solidariedade era um impulso natural no ser humano e que a escola é um dos órgãos sociais responsáveis por promovê-la. Numa época individualista como a atual [...]sempre ter em mente que todos fazemos parte de uma sociedade”(PAULINI; SILVA, 2007,pg. 10).

2 SISTEMA EDUCACIONAL

O sistema educacional tem uma função importante na educação, pois é o órgão responsável por possibilitar meios para o professor desenvolver o ensino. Ainda que falho com os professores em questões salariais e investimentos na educação.

Segundo Durkheim (citado por PAULINI; SILVA,2007, p.69).O Estado , pela sua importância e função social, não pode desinteressar-se da educação, mas, pelo contrário deve submetê-la à sua influência[...].

Conforme Florestan Fernandes (citado por PAULINI; SILVA. 2007, P. 113) acreditava que o sucateamento da escola, com péssima condições de trabalho e estudo, fazia parte das tentativas de sufocar a democratização da sociedade por meio da restrição do acesso à cultura e à pesquisa”

Mesmo que exista hoje essa observação. Na realidade o poder do governo é grande sobre o sistema educacional, sendo que o mesmo pode trazer benefícios favoráveis para a educação.

Quanto ao professor que faz parte desse sistema educacional Clemens e Pereira(2009, p.74) salientam:
É fundamental que a atividade docente não seja “transmissão de conhecimentos”, mas que o professor ouse e torne-se provocador, lançando constantemente desafios aos seus educandos de modo que eles ressignifiquem o conhecimento .[...] O conhecimento continua sendo a matéria prima da educação. A grande mudança está na postura do educador, em como se tornar um “provocador” da construção de um novo conhecimento[...].

3 EDUCAR PARA O PENSAR

Segundo Siegel e Tomelin(2007,p.161) “ A importância de se ensinar a pensar é reconhecida por professores da educação. Aponta-se na teoria e na prática um desejo de fazer com que os estudantes conquistem um pensar por si mesmos, de forma que consigam autocorrigir-se e autodirigir-se de maneira crítica e criativa. Entendemos que o pensar é uma maneira de aprender, de investigar o mundo e as coisas, para melhor interpretá-la e , assim, melhor conhecer o mundo que habitamos”.

Assim podemos observar o quanto é fundamental nos dias hoje todo o educador saber obter o melhor proveito desse conceito e colocá-lo em prática.

Segundo Dr. Matthew Linpam (citado por Hamze,2010), que o mesmo desenvolveu o programa filosofia para crianças da década de 60, mas difundiu-se pelo mundo em 1976. Descreveu o seguinte sobre o assunto:

“Devamos enfatizar, que ao trabalhar com a filosofia com as crianças, constatamos com facilidade que elas tem uma especial inclinação para a curiosidade, para a indagação, investigação, debate e reflexão. Da mesma maneira que a criança aprende a falar, a andar , também aprende a filosofar . Quando indaga a cerca das coisas do mundo que a cerca . Portanto filosofar estar nas cores do arco-íris, no nome de sues familiares e amigos [...] A filosofia faz a criança viajar no imaginário infantil”.


Existe portanto algo importante nas mãos dos educadores; ferramentas no qual ele vai trabalhar o ato de ensinar com uma grande vantagem, usando o próprio aluno: a sua imaginação, criatividade e a vontade investigativa.

Segundo Cury(2003,p.69) “A memória humana é um canteiro de informações e experiências para que cada um de nós produza um fantástico mundo de idéias.”

“O primeiro hábito de um professor fascinante é entender a mente do aluno e procurar respostas incomuns, diferentes daquelas a que o jovem está acostumado”.(id. CURY.2003, p. 58)

“Os educadores, apesar das suas dificuldades, são insubstituíveis, porque a gentileza, a solidariedade, a tolerância,a inclusão,os sentimentos altruístas, enfim, todas as áreas da sensibilidade não podem ser ensinadas por máquinas, e sim por seres humanos”.(id. CURY.2003, 65).

3.1 PRÁTICAS PEDAGÓGICA ESTÁGIO I

As práticas pedagógicas com o tema “educar para o pensar” no estágio I, se manifestou entre os acadêmicos de licenciatura como um objetivo a ser alcançado. Percebi como o meu grupo e os demais grupos apresentaram práticas pedagógicas acessíveis ao meio estudantil.

Procurando interagir com o aluno colocando ele no centro da discussão; envolvendo sua mente e criatividade.

Conforme Cury(2003,p.64)”Mude de tonalidade enquanto fala. Assim, você cativará a emoção, estimulará a concentração e aliviará[...] seus alunos. Eles desacelerarão seus pensamentos e viajarão no mundo de suas idéias”.

Educar para o pensar vai além de técnica inovadoras como a informática. Educar para o pensar usa o próprio professor como um meio. O comentário acima é um exemplo disso: A própria voz do professor é uma ferramenta contra a falta de concentração. A voz é apenas um, dentre muitos exemplos.

As experiências adquiridas na socialização das práticas educativas nos servirão para a nossa futura licenciatura.

4 CONCLUSÃO

Podemos concluir que o conjunto de idéias proposto pelos nossos pensadores elabore práticas pedagógicas úteis para o educador fazer do ensino um estímulo tanto para si como para o aluno. Claro que os obstáculos são inúmeros, mas não olhando para eles e sim para a mente e imaginação da criança, do jovem, do aluno em geral.

5 REFERÊNCIAS

CURY. Augusto Jorge. Pais brilhantes e Professores fascinantes. Rio de Janeiro. Ed. Sextante. 2003, p. 58,64,65,69.

CLEMENTS, J; PEREIRA, E.R. Apostila de Psicologia da Educação e Aprendizagem. 3ª ed. Indaial: ASSELVI. 2009, p. 74.

HAMZE. Amélia. Filosofia para Criança. Disponível em: http/www.cbf.org.br/folhaphi.asp?passos=texto&id=13&tipo=7. Acesso em 22/05/2010.

MOSER, Giancarlo. Apostila história da Educação. 8ª ed. Indaial: ASSELVI. 2008, p. 6.

SIEGEL, N; TOMELIN, J, F.Apostila Geral e da Educação. 3ª ed. Indaial: ASSELVI. 2007,p.

SILVA, E; PAULINI, R,I. Apostila Sociologia e da Educação. 3ª ed. Indaial: ASSELVI. 2007, p.69 e 113)

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