A 1º GUERRA NO SOLO AFRICANO: UMA REFLEXÃO

A 1º GUERRA NO SOLO AFRICANO: UMA REFLEXÃO

Marilene Neves de Oliveira
Prof. Mestre Gilmar Moraes
28/07/2011



RESUMO

A 1º guerra no solo africano foi considerada um êxito de estratégia global. A África combateu em favor das colônias. Foram milhares de homens, mulheres e crianças que lutaram. A conseqüência foi que surgiu um sentimento de nacionalismo por parte dos africanos e de descolonização no cenário internacional. Cada colônia teve um papel importante, pois o que unia esse sentimento era saber que ambas tinham senhores estrangeiros. Reivindicações surgiram defendo direitos dos nativos.

Palavra-chave: A partilha da África; A 1º Guerra no solo africano; O nacionalismo.


1 INTRODUÇÃO

O presente estudo trata de uma breve reflexão do impacto da primeira guerra no solo africano.


2 A PARTILHA DA ÁFRICA

Em 1884-1885 na conferência de Berlim foi feita a partilha da África pelos países europeus. Vê-se que em 30 anos 80% do continente africano estava colonizado. Com exceção da Etiópia e Libéria.

Um erro cometido pelos africanos e seus líderes foi desconhecer o armamento do inimigo. Com a nova tecnologia de armas, os dirigentes pensavam que conseguiriam resistir os europeus. Porem as armas de fogo prevaleceram.

Temos que compreender que neste período várias teorias tentavam explicar o motivo do colonialismo: como teorias psicológicas; darwinismo social; teoria econômica; cristianismo evangélico, ativismo social e outros.

A África era centro de atrações econômicas e grande celeiro para várias religiões.
Quero destaca que o cristianismo veio em contra partida a teoria darwinismo com o discurso da evolução das espécies. Então o cristianismo com uma visão missionária foi com um discurso forte sobre igualdade e salvação. Os africanos em sua maioria aceitavam tais discursos e não só no tocante a religião, o estudo e a cultura européia invadiam suas vidas .

A possibilidade da partinha da África tem que considerar todos estes aspectos assim como a fragilidade econômica a debilidade da sociedade africana.
O exercito europeu tinha a seu favor a estratégia militar e o treinamento. Também contavam com os recrutas e mercenários. Ficou claro que os soldados foram os africanos e os que lideravam eram os europeus .


2.1 CONSEQUÊNCIAS DESSA PARTILHA

O que aconteceu foi um resultado cheio de incertezas para os africanos. Sua cultura não foi respeitada. Suas fronteiras foram modificadas. Grupos com divergências dividiam a mesma terra.

Outra conseqüência foi que desta vez os europeus não viriam somente para extrair riquezas e sim firmar colônias e exercer controle político na África

Os europeus trouxeram para a África construção civil; ferrovias; estradas. Sempre com uma visão do colonizador de extração de matéria prima e firma-se politicamente no continente.



3 A 1º GUERRA NO SOLO AFRICANO

Foi um conflito de grandes potências européias. A África foi envolvida por que já fazia parte como colônia. Seu território era ponto estratégico.

Os africanos foram convocados a combater na guerra. Uma grande massa de homens, mulheres e crianças, pois já estavam inteirados com o colonizador. Mesmo assim muitos não iam de bom grado.

Essa primeira etapa da guerra no solo africano foi de grande importância para estratégia global .


3.1 CONSEQUENCIAS DA 1º GUERRA

O êxodo de europeus para o ocidente. Uma das conseqüências que podemos destacar foi a realidade vista pelos africanos no combate. Perceberam que seus senhores não eram melhores que eles. Com a partida de muitos europeus que ocupavam cargos importantes os africanos assumiram postos no governo.


Foi nesta época que surgiu uma dos principais sentimentos africanos “o nacionalismo”. A primeira guerra mostrou aos africanos que os europeus não eram assim tão diferentes deles. Surgiram reivindicações para os nativos assumiram cargos importantes de administração que eram exercidos somente pelos europeus. Os movimentos jovens e os chamados sindicatos começaram a se reunir e tomar voz na África .

Com exceção feita na campanha do Sudoeste Africano, as tropas africanas desempenharam um papel decisivo êxitos militares dos Aliados em solo da África. Eles combateram tanto no seu continente como também foram reforçar na frente ocidental e no oriente. Mais de um milhão de homens africanos lutaram nesta guerra .

O entre guerras tornou realidade a descolonização do continente africano.



4 O NACIONALISMO AFRICANO

O impacto desse processo resultou em um sentimento de nacionalismo tanto interno como externo.
O fato de os nacionalistas africanos serem considerados modernistas reflete a necessidade que tinham de agir dentro de condições definias do exterior, condições que impunham um sistema estrangeiro de valores, de nomes e de definições da política e social que foram obrigados a subscrever par aterem possibilidades de êxito .

As organizações se intensificavam dando voz a independência que em muito breve aconteceria. Mesmo fragilizados com tamanha opressão do colonizador. O continente africano passou por processos distintos. Sendo que a unidade se dava pelo motivo que todas as colônias igualmente submetidas a um senhor estrangeiro.

Mesmo sendo de grupos nacionais diferentes. Essa unidade contribuía para o nacionalismo, ainda que suas definições tinham muito do exterior. Com o fim da escravidão os nativos vividos no estrangeiro tinham forte sentimento de independência para com a África.


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos dizer em considerações finais que a primeira guerra foi um ponto forte para futuras organizações de independência na África.
A 1º guerra teve um sentindo tanto negativo como positivo. Perderam-se várias vidas nos combates. Territórios foram invadidos e culturas dilaceradas.
Pelo lado positivo os africanos tiveram que se organizar criando resistências contra o colonizador e exigindo seus direitos em sua terra. Os europeus também trouxeram consigo as tecnologias do Ocidente. E de modo geral se criou uma cultura paralela.
Não queremos dizer que o processo foi igual a todos os territórios Africanos. Sabemos que África ocidental teve seu modo de convivência com o colonizador. Suas resistências e esperanças.
Assim também a África Oriental e Meridional. Cada uma teve um papel importante dentro do seu contexto histórico o que não muda é que todos participaram da 1° guerra e foi a partir desse momento que seus dirigentes começaram a ter forças para se opor ao colonialismo. Já com a partilha da África os líderes africanos não concordavam e na ocasião houve vários revoltas.
Depois da 1º guerra ficou claro que a situação dos africanos, uma descolonização era necessário. Isso foi um processo lento, pois os europeus não queriam abrir mão de suas colônias e além do mais os africanos em sua maioria já estavam em acordo com a nova situação econômica. Muitas reivindicações foram feitas com base em melhorias na política e não a completa desistência do colonizador.




REFERÊNCIAS

BOHERN, Albert Adu. História Gera da África. VII: A África sob Dominação Colonial 1880-135. 2º ed. Ver. Brasília: UNESCO, 2010, p, 22 a 29, 44, 327, 328, 330, 659.

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