A EDUCAÇÃO NO RENASCIMENTO
Educação na Reforma e na Contra-Reforma
Reforma Protestante e a Educação
Reforma Católica e a Educação


Marilene Neves de Oliviera
Prof. Giancarlo Moser
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
História/Licenciatura (turma HID 1571)- História da Educação
20/08/08


RESUMO

O período renascentista foi um despertar das mentes adormecidas pelo jugo que o sistema feudal causou ao povo; um sistema que já estava ultrapassado. Com as conquista marítimas a burguesia tinha que se libertar da opressão do sistema antigo. Ignorando o céu e voltando olhar para si mesmo e os prazeres terrestre. Com um olhar mais amplo a educação no renascimento voltou para áreas como a medicina; explorando o corpo (anatomia). Os protestantes contribuíram nessa mudança colocando um fim nas indulgências e abrindo um novo caminho para o povo ter conhecimento direto das escrituras que até então era proibida. Mesmo com a contra-reforma a igreja católica não conseguiu restituição plena dos poderes antigos. Sua maior contribuição foi os colégios (seminários e internatos) e a Companhia de Jesus que levou o ensino a muitos lugares inclusive o Brasil.

Palavras-chave: Renascimento; Reforma; Contra-Reforma.



1 INTRODUÇÃO

O Renascimento é o nome dado ao amplo movimento de revitalização cultural que se desenvolveu na Europa Ocidental, nos séculos XV e XVI, que retorna à cultura Greco-romana. O nome Renascimento simboliza a revitalização do conhecimento e do progresso em contraposição à mente dogmática estabelecida na Europa, durante a Idade Média. O renascimento é uma nova forma de ver o mundo, o ser humano, as artes, a política e as ciências. Marca o início dos tempos modernos. (MOSER, 2008, pg. 71).


Podemos ver que foi uma época de grandes mudanças na educação e cultura. Muitos nomes famosos que hoje conhecemos foram os grandes revolucionários como Martinho Lutero, Thomas de Aquino, Leonardo Da Vinci e muitos outros. A liberdade de expressão começava a andar em passos lentos, mas conquistando seu espaço.


2 RENASCIMENTO

Como o próprio nome já diz Renascimento. Renascer novamente. Assim podemos considerar que foi um período do despertar de um novo pensamento com relação à religião, a política e a cultura. O jugo pesado das tradições religiosas impostas na Idade Média começou a ter o seu fim no sec. XV. Segundo (ARRANHA, 2006, pg. 124):

A negação do ascetismo medieval revela-se na busca de prazeres e alegrias do mundo, desde o luxo na corte, o gosto pela indumentária cuidadosa, até os amenos deleites da vida familiar. O olhar humano desvia-se do céu para a terra, ocupando-se mais com as questões do cotidiano. A curiosidade, aguçada para a observação direta dos fatos, redobrou o interesse pelo corpo e pela natureza circundante.



2.1 EDUCAÇÃO NO RENASCIMENTO

Com os surgimentos de vários colégios, foi necessário implantar uma didática mais ampla como a filosofia a medicina já que surgia uma liberdade de expressar os pensamentos. Segundo (ARANHA, pg. 124): “Por fim assentou na Renascença a busca da individualidade, caracterizada pela confiança no poder da razão para estabelecer os próprios caminhos. O espírito da liberdade e crítica opunha-se ao princípio da autoridade.”

Assim houve uma necessidade grande em reformar a educação, por exemplo, na medicina: antes não podia dissecar cadáveres para estudo. Isto mudou na educação Renascença por causa da curiosidade e a necessidade de saber mais.


2.2 CARACTERÍSTICAS DA EDUCAÇÃO NO RENACIMENTO

Mesmo sendo um movimento que trouxe mudanças. A educação se caracterizou como uma educação rígida que visava em proteger a criança de uma maneira isolada do seu circulo familiar e do mundo. Época do surgimento de vários colégios internos.


3 REFORMA PROTESTANTE

Termo usado para explicar a separação da Igreja Protestante da Igreja católica. Seu principal líder foi Martinho Lutero que não aceitando a venda de indulgências estabeleceu 95 teses na porta da Igreja Católica. Segundo (MOSER, 2008, pg. 75):

Nascido na Alemanha (1483 – 1546), Martinho Lutero é reconhecido o Apóstolo da reforma. Mas foram seus ensinamentos teológicos que estavam destinados a revolucionar o mundo intelectual. Ele foi o líder e o defensor da revolta contra o absolutismo eclesiástico. O mesmo traduziu a Bíblia para língua vulgar (comum), associado à revolta religiosa sobre a qual ele pregava, que tinha a característica de estender a bênção da educação a pessoas comuns. Nesta perspectiva, os pensamentos religiosos tornaram-se mais livres. Tal fato repercutiu também sobre o questionamento intelectual, ou seja, houve uma maior reflexão pessoal.





3.1 EDUCAÇÃO NA REFORMA PROTESTANTE



Martinho Lutero conhecedor e tradutor da Bíblia, que se empenhou para que todos pudessem adquirir e ler a Bíblia para ter o conhecimento amplo das leis de Deus. Na realidade Lutero queria que o povo pensasse por si mesmo e só através do estudo eles teriam pensamentos de liberdade.

Martinho Lutero tinha uma visão ampla de estender o ensino primário a todos os cidadãos comuns.


3.2 CARACTERÍSTICAS DA EDUCAÇÃO NA REFORMA PROTESTANTE

São muitas as características, sendo elas a extensão do ensino primário a todo o cidadão comum; favorecer a alfabetização; florescimento dos idiomas nacionais; maior número de pessoas com acessos a livros; a imprensa se destacou nesta época. Também uma das características era considerada um ensino totalmente cristão.



4 CONTRA REFORMA

Foi uma reação da Igreja Católica contra a Reforma Protestante de Martinho Lutero, com o objetivo de renovar os ensinamentos e a doutrina católica contra a ascensão dos Protestantes. (MOSER, pg., 76)

4.1 REFORMA CATÓLICA

A Igreja Católica vendo que estava perdendo espaço para os Protestantes. Criou a Contra-Reforma, seu principal precursor foi Inácio de Loyola, seu objetivo era defender a Igreja católica.

Um massacre ocorreu nesta época com a criação da Santa Inquisição; uma perseguição contra os protestantes chamados hereges, porque estes já não aceitavam as exigências da Igreja católica que se corrompido com a política e a riqueza.

Nesta época houve uma grande proibição de livros, com até queimas em praças públicas não permitindo que o povo adquirisse o seu próprio conhecimento.


4.2 A EDUCAÇÃO NA REFORMA CATÓLICA

Com o incentivo da Igreja Católica para criação de ordens religiosas, foram criados seminários e muitos colégios internos.

Neste período se destacou a chamada companhia de Jesus (Jesuítas nome dado aos seguidores), que se expandiu pela Europa até mesmo o Brasil. Segundo (ARANHA, 2006, pg. 127):

[...] daremos maior atenção ao colégio dos jesuítas devido à influência que exerceu não só na concepção da escola tradicional européia como também na formação do brasileiro. [...] A ordem estabelecia rígida disciplina militar e tinha como objetivo inicial a propagação missionária da fé, a luta contra os infiéis e os heréticos. Para tanto os jesuítas se espalharam pelo mundo. [...] A eficiência da pedagogia dos jesuítas deveu-se com o preparo rigoroso do mestre a uniformidade de ação.




4.3 CARACTERÍSTICAS NA EDUCAÇÃO CATÓLICA

Os colégios Jesuítas se caracterizaram por institucionalizar o colégio como local por excelência de formação religiosa, intelectual e moral das crianças e jovens. Incentivavam a repetição e memorização dos exercícios. Também usava a competição como estímulo.

Estudavam letras humanas de grau médio; filosofia e ciências no curso de artes com duração de três anos tinham por finalidade formar o filósofo; teologia e ciências sagradas com duração de quatro anos na formação de padres.

5 CONCLUSÃO

Podemos concluir que apesar de ser um período de grandes mudanças. A educação continuava sendo um meio de interesses particular dos seus lideres. Os que tinham mais acesso e oportunidades eram os filhos dos nobres e burgueses.

Na Reforma protestante o ensino também visava em obter mais adeptos a seu movimento. E na Contra- Reforma os que tinham direito a ensino superior era um membro de seminário que seria um padre que serviria a Igreja Católica.

O interesse desses movimentos que marcaram o séc. XV e XVI eram em ter maior acesso a pessoas que seguissem os dogmas estabelecidos pelos seus líderes sendo eles Protestantes, Católico ou Jesuítas.


6 REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lucia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia: Geral e Brasil. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2006. P. 124-127.

MOSER, Giancarlo. História da Educação. 1. ed. Indaial: Asselvi, 2008.

Comentários

Anônimo disse…
Olá, adorei seu blog, está sendo de grande ajuda para mim, pois também estou fazendo uma faculdade de História, Obrigada.
Unknown disse…
Olá adorei a explicação, mim ajudou muito.
Unknown disse…
Olá adorei a explicação, mim ajudou muito.

Postagens mais visitadas deste blog

O LEGADO DO IMPÉRIO PERSA

A RELIGIÃO TRADICIONAL BANTA SEC. XIX